As TIC’s na Educação: o leitor na era da comunicação digital

  • By:Com.Texto Digital-
  • As reflexões em torno do assunto mídia e educação vem sendo aprofundados há várias décadas devido à constatação de ter uma grande influência na formação do sujeito contemporâneo e também da necessidade em explorar o tema diante do rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação e dos reflexos destes na sociedade e na escola.
    Segundo Dorigoni e Silva (s/a), o avanço tecnológico se faz presente em todos os setores e na educação não poderia ser diferente. O impacto desse avanço se efetiva como processo social atingindo todas as instituições, invadindo a vida do homem no interior de sua casa, na rua onde mora, nas salas de aula com os alunos, etc. Sendo assim, os aparelhos tecnológicos dirigem suas atividades e condicionam suas maneiras de pensar, agir, sentir, raciocinar e sua relação com as pessoas.
    A tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano: na literatura, na cozinha, no laser, nos bancos, nos eletrodomésticos, etc. Segundo Jocemara  (2006, p. 16), “a escola precisa se tornar mais atraente e moderna, acompanhando as tecnologias”. Vemos depoimentos de alguns professores dizendo que os alunos não demonstram interesse nem na leitura, nem nas aulas. Kleiman (1993) nos diz que a leitura é vista pelo corpo discente como “massacrante”, imposta pelos professores. Diz, ainda, que isso se dá pelo fato de ser trabalhada de forma desapropriada desde os anos iniciais. Os alunos encontram fora da escola fontes de informação mais atrativas e interagíveis (Internet, Televisão, Jogos, Revistas online). 
    Tornar as aulas mais dinâmicas facilita a aprendizagem do aluno, uma vez que com uma aula mais atrativa, mais se consegue prender a atenção dos alunos. O uso de recursos midiáticos é de extrema importância, pois envolvem elementos do cotidiano dos alunos, uma vez que, segundo o Ibope NetRatings, hoje no Brasil são 70,0 milhões de brasileiros que utilizam a internet e o Brasil é o 5º país mais conectado.
    Internet e jogos virtuais fazem parte do dia-a-dia das crianças e adolescentes, de modo que esses meios deveriam estar em contato com os alunos dentro do ambiente escolar, tornando, assim, as aulas mais atrativas e que fazem parte da vida dos alunos.
    O modelo de leitor vem aos poucos passando por transformações. Saímos do leitor contemplativo, aquele que apenas segurava um livro repleto de páginas de papel e silenciosamente apreciava. Chegamos ao leitor imersivo, aquele que vislumbra páginas de um livro, que está conectado, tendo a sua disposição uma infinidade de informações disponibilizadas no ciberespaço e acessadas através de computadores (HENRIQUES, 2010).
    Os textos estão disponíveis em diversas esferas comunicacionais. Nos livros digitais, nas charges eletrônicas, nas imagens computacionais, nos blogs, vlogs e sites. Utilizar a mídia como recurso de ensino-aprendizagem escolar, pode não só ser um meio de transmitir conhecimento através de métodos onde os jovens possuem usabilidade, mas sim transmitir ensino visando adaptar-se aos fundamentos dos PCN’s. As mídias são recursos que podem colaborar para formar cidadãos críticos e reflexivos.
    Por:  Douglas Moraes Machado - Acadêmico do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET Letras, campus Bagé

    DORIGONI. G.M.L; SILVA. J.C. Mídia e educação: o uso das novas tecnologias no espaço escolar. Site dia-a-dia educação. Disponível em: <http://www.diaadiaeducação.pr.gov.br/portals/pde/arquivos-1170-2.pdf>. Acesso em 10/08/2022.
    HENRIQUES, Sandra. Novas Tecnologias móveis: aspectos sobre o leitor e as redes sociais na Pós-Modernidade. Perspectivas da pesquisa em comunicação digital. Intercom. São Paulo, 2010.
    JOCEMARA, A Mídia na Escola. Blog Viver e Aprender. Postado em 10 de novembro de 2006. http://vivereaprenderpararefletir.blogspot.com/2006/11/mdia-na-escola.html, acesso em 20/08/2011, 17:45h.
    KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura – teoria e prática. 1ª ed. Campinas: UNICAMP, 1993.

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